A brasileira EVEO, empresa de serviços de nuvem fundada em 1998, está pisando fora do país pela primeira vez. A companhia inaugura agora em maio um data center em Miami com um investimento inicial projetado de US$ 10 milhões até 2027.
Diferente de Ascenty, Equinix e Cirion — companhias de real estate do ramo de data centers —, a EVEO é uma prestadora de “infraestrutura as a service” que aluga parte dos espaços delas e fornece servidores dedicados e nuvens privadas (private cloud) a diferentes indústrias como Enel, iFood, DHL e NotreDame Intermédica.
A empresa quer utilizar a posição estratégica da cidade americana para oferecer serviços para companhias brasileiras que contratam data centers fora para reduzir o risco de ter apenas um. A vantagem de Miami é a velocidade: de lá, partem três grandes cabos submarinos (Monet, Americas-II e AMX-1) para Santos, Rio e Fortaleza, reduzindo o tempo de resposta.
“Estamos ampliando mercado para conquistar toda a demanda do cliente”, explica Lucas Vanzin, fundador e co-CEO da EVEO, lembrando que cobrará em reais, permitindo valor competitivo para as companhias do país.”
A expectativa é que a base de Miami responda por 25% da demanda futura da EVEO, tornando-se a terceira principal região para a empresa brasileira, à frente de Curitiba. São Paulo e Fortaleza devem continuar as regiões prioritárias da companhia.
A operação nos EUA vem para complementar um negócio que tem dado certo no Brasil, diz Vanzin. Nos últimos anos, a empresa vem crescendo a uma média de 60% ano a ano. Agora, com Miami, a projeção é de R$ 100 milhões de faturamento neste ano (alta de 70%) e de R$ 500 milhões até 2029.
O Brasil se tornou um dos principais mercados para data centers e servidores de nuvem, devido ao custo energético baixo e de matriz limpa, mas também ao uso intenso de serviços digitais se comparado a outros países da América Latina.
Notícia publicada em: Valor Econômico.
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